Resumo:
Há pouco mais de vinte anos a Sociedade Ponto Verde dava os primeiros passos em Portugal na comunicação da importância da reciclagem doméstica. Os primeiros ecopontos começaram a surgir, anúncios na televisão passavam mensagens inspiradoras e programas televisivos nasciam para consciencializar a população. Vinte anos depois, menos de um terço dos resíduos urbanos são reciclados.
O consumidor final é quem tem o poder de definir o rumo ecológico nas indústrias através das suas escolhas. A sua influência começa desde a decisão dos produtos que adquire no supermercado à forma como estes são posteriormente descartados.
O número de famílias que não consentem e/ou categorizam os seus resíduos domésticos distribuindo-os pelos lugares pré-destinados, garantindo uma eficiente gestão após o seu ciclo de vida, é irracionalmente grande uma vez que a emergência ecológica deveria perpetuar na consciência do consumidor.
Com a existência da internet a ignorância pode ser uma escolha, mas quando falamos de sustentabilidade ambiental, a informação estende-se e complica-se não facilitando a absorção eficiente de conhecimento concreto. O consumidor final não consegue ter uma ideia do impacto ambiental que as suas escolhas têm no planeta Terra.
E se fosse possível estimar a nossa pegada ambiental pesando e categorizando os resíduos domésticos produzidos por cada habitação, através de cálculos matemáticos? Seguindo o método design thinking, desenvolveu-se um projeto que visa desenhar um produto que permite ter informação real sobre o impacto que o lixo doméstico tem no mundo. Este produto consiste num contentor de casa onde se coloca a reciclagem, lixo orgânico e lixo indiferenciado. Através de balanças, e um algoritmo trabalhado para as 5 categorias de resíduos, é sincronizado com uma aplicação que dará ao consumidor informação sobre o seu comportamento e, consequentemente, recomendações de como pode diminuir a sua pegada ambiental através das suas escolhas.
Por Catarina Falé – BA Design ABR19 https://www.linkedin.com/in/catarinafale/
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